"Zeki é um cientista renomado por suas pesquisas sobre o sistema visual, e foi por esse ponto de vista que surgiu seu interesse pelo amor. Dado que a visão é um sentido suficiente para despertar paixões -- como já diz a expressão ’amor à primeira vista’ --, nem é preciso conhecer muito sobre neurociência para se supor que a visão do rosto do ser querido, que já basta para dar aquela sensação que os americanos muito apropriadamente descrevem como "borboletas no estômago", deve sofrer algum tipo de processamento especial no cérebro."

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Quando tinha cinco anos, uma lagarta fez um casulo na parede do quarto e pouco tempo depois saiu dele uma borboleta.
Aos onze, se apaixonou pela primeira vez, mas não chegou a tentar nada.
Já tinha quinze quando deu o primeiro beijo e levou o primeiro fora.
Até os vinte e dois procurou um grande amor como aqueles que via em seus filmes preferidos e ouvia em forma de canções.
Nunca achou que suas paixões estivessem completas. Faltava alguma coisa.
Para finalmente sentir as famosas borboletas no estômago, comeu lagartas.

[Pedro Curi]





Tomem cuidado com as borboletas!
Elas não avisam quendo chegam e muito menos quando se vão.
Mas sintam! Sintam como se estivessem flutuando a dois metros do chão.
Não subam muito porque a queda pode doer,
Mas não deixem de flutuar e senitr as borboletas.

[Ariane Gomes]















A Borboleta está intimamente ligada ao amor (íntima mesmo!). Não é apenas nessa expressão em que ela aparece. Apresento a quem ainda não conhece, o mito da psiquê:

O rei, pai de Psiquê, cujo nome é desconhecido, preocupado com o fato de já ter casado duas de suas filhas, que nem de longe eram belas como Psiquê, quis saber a razão pela qual esta não conseguia encontrar um noivo. Consulta então o Oráculo de Delfos, que prevê, induzido por Eros, ser o destino de sua filha casar com um ente monstruoso.

Após muito pranto, mas sem ousar contrariar a vontade de Apolo, a jovem Psiquê foi levada ao alto de um rochedo e deixada à própria sorte, até adormecer e ser conduzida pelo vento Zéfiro a um palácio magnifico, que daquele dia em diante seria seu.

Lá chegando a linda princesa não encontrou ninguém, mas tudo era suntuoso e, quando sentiu fome, um lauto banquete estava servido. À noite, uma voz suave a chamava e, levada por ela, conheceu as delícias do Amor, nas mãos do próprio deus do amor...

Os dias se passavam, e ela não se entediava, tantos prazeres tinha: acreditava estar casada com um monstro, pois Eros não lhe aparecia e, quando estavam juntos, usava sempre um capuz. Ele não podia revelar sua identidade pois, assim, sua mãe Vênus (que é o nome de Afrodite na mitologia romana) descobriria que não cumprira suas ordens - e apesar disto, Psiquê amava o esposo, que a fizera prometer-lhe jamais retirar-lhe o capuz.

Passado um tempo, a bela jovem sentiu saudade de suas irmãs e, implorando ao marido que permitisse que elas fossem trazidas a seu encontro. Eros resistiu e, ante sua insistência, advertiu-a para a alma invejosa das mulheres.

As duas irmãs foram, enfim, levadas. A princípio mostraram-se apiedadas do triste destino da sua irmã, mas vendo-a feliz, num palácio muito maior e mais luxuoso que o delas, foram sendo tomadas pela inveja. Constataram, então, que a irmã nunca tinha visto a face do marido, então sugeriram-lhe que, à noite, quando este adormecesse, tomasse de uma lâmpada e uma faca: com uma iluminaria o seu rosto; com a outra, se fosse mesmo um monstro, o mataria, tomando posse de todas as riquezas.

Chegada a noite Psiquê, julgando que os conselhos das irmãs eram ditados por amizade, pôs em execução o plano que elas haviam lhe dito: Após perceber que seu marido entregara-se ao sono, levantou-se tomando uma lâmpada e uma faca, e dirigiu a luz ao rosto de seu esposo, com intenção de matá-lo.

A jovem, espantada e admirada com a beleza de seu marido, desastradamente deixa pingar uma gota de azeite quente sobre o ombro dele. Eros acorda - o lugar onde caiu o óleo fervente de imediato se transforma numa chaga: o Amor está ferido.

Percebendo que fora traído, Eros enlouquece, e foge, gritando repetidamente: O amor não sobrevive sem confiança!

Psiquê fica sozinha, e desesperada com seu erro, no imenso palácio. Precisa reconquistar o Amor perdido.

Psiquê vaga pelo mundo, desesperada, até que resolve consultar-se num templo de Vênus. A deusa, já cientificada de que fora enganada, e mantendo Eros sob seus cuidados, decide impor à pobre alma uma série de tarefas, esperando que delas nunca se desincubisse, ou que tanto se desgastasse que perdesse a beleza...

Os Quatro Trabalhos de Psiquê

  • OS GRÃOS: A princesa foi colocada num quarto onde uma montanha de grãos de diversos tipos tinham sido misturados. Psiquê devia separá-los, conforme cada espécie, no espaço de uma noite. A jovem começou a trabalhar, mas mal fizera alguns montículos, e adormece extenuada. Durante seu sono, surgem milhares de formigas que, grão a grão, os separa do monte e os reúne consoante sua categoria. Ao acordar, Psiquê constata que a tarefa fora cumprida dentro do prazo.
  • A LÃ DE OURO: Vênus pede, então, que a moça lhe trouxesse a lã de ouro que uns carneiros produziam. Após longa jornada, Psiquê encontra os ferozes animais, que não deixavam que deles se aproximassem. Um voz surge de juncos num rio, e lhe aconselha: ela deve procurar um espinheiro, junto a onde os carneiros vão beber, e nas pontas dos espículos recolher toda a lã que ficara presa. Cumprindo o ditame, Psiquê realiza a tarefa, enfurecendo a deusa.
  • ÁGUA DA NASCENTE: Vênus então lhe pede um pouco da pura água da nascente do Rio Estige. Mas a nova tarefa logo revela-se impossível: o Estige nascia duma alta montanha, tão íngreme que era impossível escalar. Levando um frasco numa das mãos, a princesa queda-se ante a escarpa que erguia-se à sua frente quando as águias de Zeus surgem, tomando-lhe o frasco, voam com ela até o alto, enchendo-o. O trabalho, mais uma vez, foi realizado.
  • BELEZA DE PERSÉFONE: Vênus percebeu que teria de usar de meios mais poderosos. Inventando que tinha perdido um pouco de sua beleza por cuidar do ferimento de Eros, pede a Psiquê que, no Reino dos Mortos (o País de também chamado de Campos Elísios), pedisse à sua rainha, Perséfone, um pouco de sua beleza. Conta-se, que Vênus tinha inveja da beleza da Perséfone, e este seria outro motivo para mandar a jovem ao reino de Hades. Mesmo assim a deusa estava certa de que ela não voltaria viva. Mais uma vez, Vênus se engana. Psiquê convece Perséfone a encher uma caixa com sua beleza para Vênus. Psiquê está indo de volta à Vênus, quando pensa que sua beleza havia se desgastado depois de tantos trabalhos, não resiste e resolve abrir a caixa. Cai em sono profundo, Eros já curado de sua queimadura vai ao socorro de sua amada, põe de volta o conteúdo para a caixa. desperta Psiquê e ordena-lhe que entregue a caixa à mãe dele.

Enquanto Psiquê entrega a caixa à Vênus, Eros vai a Zeus e pede que o case com Psiquê. Zeus concede esse pedido e posteriormente Psiquê é tornada imortal.

A união do amor e da alma, pois "psiquê" significa alma.

[texto tirado da Wikipédia]


Que jogue a primeira pedra aquele que nunca sentiu Borboletas no Estômago!