Je ne se quá

Posted on 08:43
Uma postagem geralmente tem assunto pré definido. Talvez esta já tenha também. Mas aqui dentro do meu consciente, ainda não.

Minha infância foi cheia de brincadeiras infantis curiosas e às vezes até "salientes", como nos diziam os avós. Aprendi a amar! Aprendi que pessoas são simplesmente pessoas (acho que o tema definido tá chegando à consciência!)! O que há de tão complexo nisso?


Na pré-adolescência, eu comecei a querer saber mais ainda sobre sexo (não sou uma pervertida, tá?). Acredito que a maioria das pessoas também passaram por isso. Eu beijava minhas amigas e até mesmo minha irmã! Oras, não ia confiar esse desejo de aprender a se satisfazer a um garoto mal educado e "saliente"...rs. Que ironia...

Enfim, aprendi a beijar de verdade! e Percebi que tem gente que não beija que nem eu. Gente de quem não gosto do beijo.

Na adolescência, comecei a me interessar por Pum It Up. Um máquina de dança, onde reuníamos alguns amigos pra treinar passos impossíveis e manter contato entre meninas e meninos. Eu beijei, eu amei, eu desamei e me frustrei. Mas não tenho vergonha do meu passado.

Chegando aos vinte anos, decido que algo tem ser feito na minha vida! Eu passei no curso de psicologia. Uau! Serei uma psicóloga e tenho que ser boa nisso! Aprendi e desaprendi. Frustrações não foram poucas, mas beleza de conhecer foi tão intensa e dolorida, que me apaixonei por essa borboletinha...


Então construí esse blog! Queria distribuir conhecimentos, queria expor meus pensamentos, queria provar que eu sabia! Mera distração...

O blog parou, pois eu descobri a cerveja e o sexo!


Eu não tinha tempo para mais nada! Imagino que saibam o quanto é bom tomar umas cervejinhas acompanhada de bons amigos e boa conversa e, após esse prazer superficial, seguir para o carnal! Muito bom, diga-se de passagem.

Esse prazer causou intrigas e perdas, mas acima de tudo, crescimento! Não há nada melhor do que tirar proveito do que te faz se sentir bem.

Encontrei meu namorado, meu primeiro namorado, que ainda me ama e que eu amo até hoje. Decidimos viver juntos pro resto da vida. Foi assim, que cresci mais ainda. Percebi que a relação à dois é tão pura e tão contaminada de sentimentos bons e destrutíveis, que resolvi usar a psicologia que estava aprendendo para me ajudar a caminhar sobre as pedras.

Então a partir dessa relação, eu me dei conta de muitas outras. Por que não usar a psicologia para melhorar minhas relações com as outras pessoas também. Decidi usar! Deu e ainda dá certo! Me sinto orgulhosa de mim.

No fim do ano passado, findei meu curso de graduação e bateu o já esperado e mesmo assim inesperado, desespero. Profunda dúvida do que vai ser de mim. O que fazer depois de se "formar"? Cadê meus sonhos de menina, que embalavam meu destino?

Agora tenho tempo de ser mais alguma coisa que eu quero, mas o que eu quero?

Eu sei o que não quero. Eu não quero ver gente se maltratando, eu não quero ficar em casa sem conseguir dar prazer a ninguém, eu não quero sofrer paralisada sem saber o que querer! Eu não quero seguir a profissão de ser psicóloga....

Meu mundo caiu, como já disse Maysa.

Reli meu amado livro "A Idade da Razão". Me ajudou, com certeza. Mas dúvida continuou. Então tudo que eu fazia e ainda faço tem um quê de cuidado para não deixar pontas soltas, apenas frouxas. Não quero mentir pra mim. Não quero me entregar a algo que sei que não trará a felicidade que busco agora. Eu quero tanta coisa!


Me entreguei ao prazer de cozinhar, de misturar sabores, de receber elogios. Percebi que uma fruta doce num prato salgado dá um quê de "je ne se quá", como diz minha irmã.

Agora, tô percebendo que tudo que escolha fazer tem esse quê de "je ne se quá". Sim, "je ne se quá" não tem tradução. é uma criação da mente inquieta de minha irmã para dizer que há um ingrediente especial, desconhecido e apaixonante em algo que gostamos.

Assim como minha vida, meus prazeres e minhas descobertas têm esse "je ne se quá", a vida, os prazeres e as descobertas de todo mundo também o têm. E é isso, que na minha opinião, deixa o mundo muito mais saboroso!

Subjetividades, afinidades, combinações, coragem para tentar algo novo é o meu "je ne se quá". Eu descobri o que eu quero. Eu inventei o que eu quero e ainda não sei se vai dar certo, mas esse "je ne se quá" não me larga nunca mais!

Finalizando com questionamentos infantis, o que não significa menos sabedoria, ficam os seguintes:

*Qual o "je ne se quá" das pessoas?
*Como as pessoas procuram por ele?
*O que elas fazem quando o encontram?



Não deixe a Guerra começar!

Posted on 11:29
Voltei. Pois dessa vez eu tenho o que falar e não é pouco.

Acredito que todos os blogueiros estejam sabendo da construção da usina de Belo Monte, no sudoeste paraense. Pois é, sabem que a construção está prestes a começar e que muitos índios e outros nativos da região que dependem do seu pedaço de terra e do lindo rio Xingu para sobreviver, estão dispostos a entrar em guerra e morrer para defender seus Direitos Humanos fundamentais!

"Art. III: Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal."

Mas coooomo? Me diz como que essas pessoas terão vida se tiram delas a matéria prima de seu sustento? Como que essas pessoas terão liberdade DE VERDADE se serão indenizadas precariamente por suas casas e terras férteis que construíram durante toda a sua vida? Como que terão SEGURANÇA PESSOAL se estão dispostas a morrer por algo totalmente INÚTIL???

"Art. V: Ninguém será submetido à tortura, nem à tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante."

O QUE???? Existe castigo pior do que lhe tirarem sua vida? Pois aquele lugar é a VIDA destas pessoas e dos animais! Nem pensamos neles.... E de toda a biodiversidade que alí existe e se constituiu há tempos, para depois virem alguns INTERESSEIROS e simplesmente acabarem com isso num estalar de dedos para conseguirem mais dinheiro.

A população local tá pronta pro pior. Mas será justo deixarmos o pior acontecer? O QUE CUSTA NOS MANIFESTARMOS???

Como já dizia Renato Russo: "Não deixe a guerra
começar!"

Não é difícil, você pode começar assinando uma petição:



Você deixaria destruírem isso?





Balela

Posted on 15:58
Ninguém mais lê isso aqui...
Também, nunca mais escrevi nenhuma merdinha que seja nesse blog.

Hoje eu só queria deixar registrado que desde que eu parei de escrever aqui, minha vida deu voltas e voltas, mas não se encontra no mesmo lugar de início.

Tudo mudou, menos minha teimosa inconstância diante da minha própria vida e escolhas. Amei, desamei, amei de novo e ainda amo. Mas sinto que falta algo mais. Algo que dê felicidade. Apesar de todo amor, toda a alegria, toda paixão e desespero por não perder tudo que já foi construído, sinto que falta o ingrediente da felicidade, que na verdade, sou eu que escondi e não lembro onde coloquei.

Tudo pode ser criação da TPM, mas se algo surge com este momento, deve ser porque já estava lá dentro, só precisava de um estopim.

Mais um diário, mais palavras que só eu entendo, por mais que quem leia diga que se sente da mesma forma ou já passou por isso. Mas nada é igual, nenhuma experiência é igual à outra. Principalmente vindo de pessoas diferentes.

Oh! Que vida cruel!

Não posso esquecer que para este ano, me programei a voltar ao teatro.