Ou sou bandida?

Às vezes esse eterno vir a ser me entedia...me deixa sem ar, sem saída. Por que só serei eu quando finalmente me partir? Por que minhas certezas são tão incertas quanto a vida? Por que minhas palvras travam na língua?

Meu intenso sabor amargo às vezes traduz o que sou no momento ou o que sou para sempre? Posso ser doce também? Ou quem sabe azeda e apimentada?

A minha cor cinza talvez pertença ao passado. Mas e quando me sinto menos cinza ou mais vermelha do que verde? O que essas cores querem dizer pra mim? Pra você, pra ela.

Textura de casca de árvore. É, assim minha pele tá. Sim, ela já foi macia e grossa, melada talvez. Mas será que tenho certeza dessa vez?

Será que agora está tudo se repetindo e terei a certeza de que a estrela nascerá no final? Ou será que o fim é esse? Morno, perdido e calmo.

Sinto falta de um mês atrás, do espelho que nunca mentia, dos livros que me excitavam e do eros que me embebedava com seu amor terno.

Minha melancolia me dá nos nervos.